terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ao invés da burocracia, confiança e cobrança

O avanço das coisas públicas deve ser como uma carroça em que um elástico une o cavalo à carga. o apressado do passo demora a chegar no que realmente importa - a carga. Muita coisa tem melhorado eu acho nos governos e nessas coisas, mas pra uma cultura gerencial chegar as bases de funcionamento da administração pública ainda está longe. as pessoas que executam as políticas ´públicas, os servidores que agente paga, são em geral (mas nem sempre) embebidos de uma cultura organizacional que previlegia os processos e não os resultados. O importante é encaminhar corretamente o ofício, pegar o carimbo, protocolar o efetuado, encaminhar no prazo para o setor responsável. Se nada funcionar, se nada der certo, não importa, você fez sua parte e cumpriu o protocolo. Como se as formas existissem para si e não para servirem a um propósito, em função do qual fossem sempre revistas e refeitas, e até burladas para o bem comum. Uma cutura de resultados, gerencial, ainda está longe da base da pirãmide do funcionalismo. Uma cultura que descentralize a responsabilidade e instaure a cobrança imparcial, com base em resultados. Descentraliza o recurso, põe na mão do servidor, e cobra o resultado. Ela fará o mesmo com seus funcionários, criando um corpo gerencial p ara o funcionalismo. Mas não. Com medo de que o cara roube, se faz um enorme caminho para que os recursos cheguem onde são demandados. A burocracia que tanto foi importante no esforço de combater o clientelismo e o estado patrimonial virou um rato de laboratório correndo numa esteira, vive para si, enquanto as pessoas na base que tentam de verdade implementar as propagadas políticas públicas penam para o fazer, demandando um pouco mais de confiança, para que se descentralize a administração.

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