quinta-feira, 10 de junho de 2010

CAFÉ

Eu era criança eu não gostava de café, achava que era uma boca amarga. Eu brincava umas vezes com uns grãos de café duns pés numa roça da minha tia avó no sul de Minas. Minha mãe tinha e ainda tem um moedor de café, peça de museu, tinha uma gavetinha de onde era para ele sair muído. Eu cheguei de gostar de café já não sei bem quando de lá pra cá, nesse decorrer. Minha mãe deixou sempre um bule pequeno com café numa panelinha azul com água, banho Maria. Minha mãe chama Maria. De uns tempos virou um prazer e uma necessidadedocérebro, um turbina que joga um ar com maior pressão em meu motor. Meu pai trabalhou uns três anos, mais até, com cafés expressos, trabalhando, entre doses e máquinas e estabelecimentos, no Rio de Janeiro, cidade quente. Aqui no norte o café é jogado direto na água com açúcar, só depois que coa. (Cua?). Café não pode faltar no barraco. Café é um instante do dia, uma harmoniasinha sentado.

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