quarta-feira, 10 de março de 2010

Casa pra mim é o espaço compreendido num raio de três metros de meu cafofo nômade, onde me bagunço e espalho badulaques, utensílios e desprezos. Onde conserto. Escuto musica e sereno. Minha vida ficou assim sem raíz e virei sujeito híbrido sem fico. Amizades de sempre fazem falta, mas sensação de início também anima, início de estadas, tenho vários feixes que me ligam de um jeito a pessoas que conheci por estradas e que nunca mais eu vou ver, mas lembro delas e das coisas em volta e sinto que assim trago ligações, que de prático nada significam, mas que me dignificam pelo que vi nas dadas horas ligadas, e assim construo eu, que tento ser algo. Longe dos reais brothas - que de reais sempre brothas -, cumprimento o caixa do mercado, a morena frentista shell, o mecânico, =relacões comerciais que não são só, e nelas me insiro de corpo presente e cultivo conversas de parede que são para mim assuntos de primeira instância. Ainda que lascado, vou fazendo pequenos amigos pelo brasil, a única grandeza que carrego.

2 comentários:

Unknown disse...

Ohhhhh meu kerdio te admiro mto!!!

Vc escreve mto bem!!!

saudades de vc moçoilo

PENUWA disse...

Fala mai broadway!!!!!
Saudade!!!
Como é que tá, maluco?
To em porto alegre no aguardo pra funai me mandar pro amazonas...fiquei em 21 no concurso bizarro, credo!!!
e vc, mano?Como tá de chefe de posto????
Abração!!!