terça-feira, 24 de novembro de 2009

Apeou das dores e desmontou pro chão. Desmembrou do cavalo. Enfarinhou o estômago e água. Tanto babava quem nem se via, tava em estado de fim já. Se alheiou de cobras e o que quer que fosse, nem era mais, só estava. De coisa no mundo só existia o pó no olho, que dói. Dormiu como quem morre por certo. Daquelas noites que o dormente atravessa uma era. Cuidado estava, guardado.
Viu que foi no fim e não tinha nada. Voltou, resignado.

Um comentário:

Marcela Bonvicini disse...

Me lembrou Guimarães Rosa.
(o que, no mínimo, significa um grande elogio)