terça-feira, 29 de julho de 2008

Itapoã

Escrevo de marrom porque é cor de poeira. DF 100% secura, quase calamidade pública. Meu nariz seca. Ruas de terra de Itapoã - do tupi 'em cima da pedra', os carros passam e levantam poeira que gruda nas roupas e cabelos. Na chegada, certa apreensão: no hotel, no táxi, todos perguntam "vai pra Itapoã? Vc é louco?" Bairro famoso pelas manchetes de violência nos jornais. Meio casca grossa mesmo, ruas de terra, casas vermelhas, cavalos comendo o lixo, uns caras bêbados. Dizia gog "aqui a visão já não é tão bela - existe outro lugar - oeriferia é periferia - em qualquer lugar". O taxista ficou com medo, nos pedemos numas ruelas. Chegamos na adm regional. Me incomodou a postura das pessoas em relação a pobreza: "nossa vc caiu nesse fim de mundo vindo de São Paulo? Vai pensar o que de Brasília..." Funcionário sreclamando de terem de trabalhar na perifa. Acho que prefeririam a ilusão, tomar a pílula azul do matrix. A galera disposta, alfabetizadores, alguns com apenas o nível fundamental. Galera no corre. Temas de alfabetização, textos, planejamentos de aula, tentaiva de construir com eles um sentido para sua prática. Me questiono: ? seguimos adiante. Amanhã um novo dia. 6 horas de aula, eu alí de pé, tem de estar tudo redondo, na ponta da língua. Saudade da Elisa linda. Bora gente.

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